Prefácio
Antonella, pressionada pela mãe a encontrar um marido em um baile, sente-se sufocada pelas expectativas sociais. Buscando um momento de paz, ela se refugia no jardim vazio do palácio, onde reflete sobre seus sonhos e o desejo de liberdade. Prestes a desistir de suas aspirações, ela decide se recompor e voltar ao salão, mas é interrompida por um toque no braço e um simples “Olá!”, que promete mudar o rumo de sua história.
10/13/20241 min read


Parecia que o salão do baile estava ficando cada vez mais lotado. Eu já não sabia onde me esconder; tudo ao meu redor estava girando, e eu já estava ficando tonta com tantos olhares me julgando e com as repreensões incessantes de minha mãe.
"Minha filha vai dançar. Veja quantos jovens lindos! Não fique parada aí assim; desse jeito, você nunca irá se casar."
"Mamãe, você tem razão. Já estou cansada de ficar parada aqui. Vou pegar um drink!"
Foi o momento perfeito para desaparecer dali. Aproveitei e fui para o jardim, tomar um ar, enfim, paz e um pouco de silêncio.
O jardim do palácio estava vazio. Antonella ficou aliviada. Ela se sentou em um banco de madeira e deixou sua mente vagar enquanto virava uma boa taça de vinho. Ela não queria se casar com qualquer um. O que seria de sua vida? Seus sonhos? Ela queria ser livre, capaz de fazer o que quisesse, quando quisesse. Não queria estar presa em uma casa e a um marido.
Antonella, então, se levantou ao perceber que não havia outro jeito senão desistir de todos os seus sonhos. Caminhou até a beira do jardim em direção ao salão de dança, já com sua taça vazia caída junto aos seus braços, sem ânimo algum, ao redor de seu vestido encantador que carregava uma menina vazia e sem nenhuma esperança.
De cabeça baixa, Antonella se recompôs, olhou para cima, respirou fundo e mentalizou: "Vamos lá, você consegue, você vai ver, tudo vai mudar. Ainda é muito cedo para desistir."
E quando ela começou a contar até 10, ou mil, para se acalmar, alguém tocou seu braço, dizendo:
"Olá!"
